O dia 21 de março marca a data internacional da Síndrome de Down. Cada vez mais, torna-se essencial compreender as causas e funcionamento dessa síndrome, que ocorre em grande parte dos casos afetados pela famosa trissomia do cromossomo 21. Especialmente quando estamos falando de crianças e de seu processo de aprendizagem nas escolas.
O que é
As professoras especialistas em Educação Especial, Olga Gaijutis e Shirley Monteiro Maciel, explicam mais sobre o assunto. “A Síndrome de Down é uma anomalia genética no cromossomo 21”, afirmam as especialistas. “Durante a formação dos gametas, pode ser que não ocorra a correta disjunção dos cromossomos, resultando em três cópias do cromossomo 21.”
A característica mais marcante de uma criança ou adulto com Síndrome de Down é o retardo mental, que pode vir em diversos níveis. No entanto, além disso, o indivíduo pode apresentar tratos muito característicos na aparência: a face achatada, orelhas displásicas, pele em abundância no pescoço, pálpebras oblíquas, entre outras. “O surgimento destas características variam entre os portadores”, afirmam Olga e Shirley. “Normalmente, é regra a baixa estatura e, em 40% dos casos, o surgimento de problemas cardíacos”, acrescentam. Os problemas cardíacos acabam, consequentemente, por ser a principal causa de morte em crianças portadoras da síndrome.
Como lidar
As crianças portadoras de Síndrome de Down requerem muito estímulo desde seu nascimento, a fim de superarem as limitações causadas por essa anomalia genética. “Elas possuem necessidades específicas de aprendizagem, então exigem assistência profissional especializada e uma atenção redobrada da família”, lembram as especialistas. É necessário que a escola e a família busquem sempre habilitar essas crianças para o convívio social, além de fornecer todos os cuidados fundamentais a qualquer criança, portadora da síndrome ou não.
A matrícula em escola regular é recomendada. “Assim, elas [as crianças] podem desenvolver suas habilidades sem deixar de interagir com colegas e professores”, afirmam.
O acompanhamento psicológico também é bastante encorajado, não apenas para as crianças, mas para seus pais também. O processo de adaptação à Síndrome de Down envolve a família toda, e uma familiarização maior com a síndrome possibilita mais conforto e, principalmente, mais acolhimento para a criança.
É preciso estimular a visibilidade dada à Síndrome de Down, para que, cada vez mais, desenvolvam-se técnicas de aprendizagem para crianças portadoras e sejam garantidos com firmeza seus direitos.