Um dos passos mais importantes que sucedem o parto é, sem dúvidas, o período de amamentação. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) e com o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é recomendado como fonte de nutrição exclusiva para a criança durante 6 meses, e complementado até os 2 anos ou mais. Estima-se que dois copos (aproximadamente 500ml) contêm 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia diário.
“Ele contém todos os nutrientes necessários para garantir o crescimento saudável da criança”, diz a pediatra e professora da Faculdade de Medicina da Fundação Lusíada Santos, Keiko Teruya. “Além disso, olhos nos olhos, mãe e filho estabelecem a primeira linguagem efetiva de amor”, acrescenta.
- Como amamentar de forma mais saudável?
A alimentação da mãe deve ser bastante reforçada durante esse período. É importante que ela tenha em mente que é seu corpo que está fornecendo ao bebê os nutrientes que ele precisa. Além disso, atenção às bebidas alcoólicas e outras substâncias similares: o álcool leva um certo tempo para ser eliminado do corpo, e pode afetar a composição do leite materno. Durante esse período, o mais recomendado é que se interrompa a ingestão dessas substâncias.
Com relação a remédios, Dra. Teruya afirma: “A maioria dos remédios está liberada durante a amamentação”. No entanto, é necessária uma atenção extra a imunossupressores e alguns hormônios. Em caso de dúvida, consultar um médico é adequado.
- Amamentar dói?
“A amamentação deve ser absolutamente indolor”, afirma a Dra. Teruya. Segundo ela, as respostas de suas pacientes coincidem: o bico é a parte mais dolorida da mama durante esse processo. “Se a mulher sente dor quando o filho mama, a dinâmica da sucção deve estar incorreta.”
Ela recomenda que a sucção seja feita na região areolar, e não no bico em si. Por isso, posicionar bem o bebê é fundamental para evitar rachaduras e, consequentemente, a dor.
- E se o leite materno não for suficiente?
Durante esse período, algumas mães podem sentir uma queda na produção de leite e preocuparem-se com a qualidade de seu leite. Isso, no entanto, é um mito: de acordo com especialistas, não existe leite materno fraco. A baixa na produção no leite existe, sim, mas sua qualidade não é reduzida.
Geralmente, essa produção mais baixa é fruto do psicológico e pode ser contornada. Apenas 2% das mães têm dificuldades fisiológicas de produzir a quantidade de leite ideal. Caso a produção esteja deficiente, é importante que se mantenha a calma e analise as possibilidades.
- A livre demanda
Vale lembrar que o organismo da mãe que se adapta à demanda por leite do bebê. É importante, portanto, a prática do aleitamento por demanda. À medida que o bebê pede por menos leite, o corpo naturalmente produzirá menos.
Caso, ainda assim, a baixa na produção não esteja relacionada a isso, procurar um médico é o próximo passo. Se a mãe for diagnosticada com uma deficiência hormonal que impede a produção adequada de leite, o médico indicará a melhor solução para o caso, seja com medicamentos ou com uma transição para o aleitamento artificial.