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Orgulho Gay: Como tratar o tema entre pais e filhos

Orgulho Gay: Como tratar o tema entre pais e filhos

Maternidade

Em 25 de março, comemora-se o Dia Mundial do Orgulho Gay. Estima-se que, em todo o mundo, mais de 14 milhões de crianças convivam com um dos pais gays. E cada vez mais, crianças e adolescentes assumem sua opção sexual. Ambas as versões podem causar conflitos no núcleo familiar, e é justamente por esse motivo que o diálogo se faz cada vez mais necessário.

É inegável que nos dias atuais, as famílias ganham novas formas. De acordo com uma estimativa da Escola de Direito da Universidade da Califórnia, somente nos EUA, mais de 1 milhão de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais criam cerca de 2 milhões de crianças. E esses números vem crescendo consideravelmente! Em 2009, mais de 21 mil casais homossexuais adotaram crianças, número que quase triplicou desde 2000.

O assunto é muito recente – a primeira adoção por um casal gay aconteceu, no Brasil, há apenas 6 anos. E, por isso, acaba por gerar dúvidas, preconceitos e medos. No entanto, já é estabelecido que a opção sexual dos membros da família não afetam diretamente o desenvolvimento da criança. “Não depende do tipo de família”, explica a professora de psiquiatria da Universidade da Virginia, Charlotte Patterson, em entrevista para a Super Interessante, “mas do vínculo que esses pais e mães vão estabelecer entre eles e a criança.”

Em conclusão, independentemente da homossexualidade estar nos pais ou na criança, a chave para um convívio saudável é o diálogo, da mesma forma que é em famílias tradicionais heterossexuais. Estudos apontam a clara e direta relação: crianças e adolescentes se desenvolvem emocionalmente e fisicamente bem quando possuem bases sólidas em casa. E essas bases não estão relacionadas à opção sexual de nenhum de seus membros, mas sim ao vínculo de afeto, carinho e também de limites e respeito que é criado entre eles.

A criança ou adolescente que descobre sua homossexualidade necessita de apoio emocional para passar por seu próprio processo de aceitação. Dessa forma, independentemente de crenças morais ou religiosas, o ideal é encontrar um equilíbrio na liberdade de escolha. Se necessário, buscar terapia em conjunto para toda a família pode ser uma opção. Garanta que seu filho se sinta confortável e acolhido, independentemente de sua escolha. Justamente devido ao fato de isso não acontecer tão frequentemente, muitos jovens acabam se fechando e negando sua própria essência, com medo da rejeição pela própria família.

A sexualidade é um assunto que exige muita concordância entre escola, família e criança. Cada vez mais, isso toma forma e requer diálogo. Para a construção de um ambiente saudável, é essencial que haja bases fundadas em igualdade.