Encontrar o equilíbrio entre o companheirismo e a autoridade pode ser um grande desafio para a maioria dos papais e mamães. É nessa busca complicada que acabam se perdendo os limites na relação pais-filhos, e a coisa toda pode virar um grande caos.
Não há fórmula ou receita de bolo para a paternidade e para a maternidade. Isso é fato! No entanto, há certas coisas que se provam ineficazes. Uma delas é justamente deixar a proximidade emocional falar por você em todos os momentos. Nós sabemos que carinho e amor são bases fundamentais nessa relação, mas o excesso pode levar a uma certa submissão por parte dos pais. Isso, por sua vez, leva a criança a pensar que não há proibições (ou, pelo menos, a não levá-las a sério).
De acordo com Diane Levy, psicóloga neozelandesa, os pais podem acabar desperdiçando muita energia em táticas excessivas que não funcionam. Ao pedir demais, punir demais ou até mesmo o oposto – bajular demais -, estamos prejudicando e dificultando a imposição de limites. Por consequência, a relação da criança com o respeito também complica.
Por isso, impor limites é bastante necessário. Sem eles, a relação entre pais e filhos torna-se nebulosa e a criança pode não reconhecer a autoridade. Vão aqui algumas dicas para que esses limites comecem a surgir de forma mais natural em sua casa:
Fale apenas uma vez. Se você pediu para algo ser feito, peça uma vez. Se o seu filho não fizer o que foi pedido, cumpra com o que foi avisado: não peça novamente e permita que ele lide com as consequências. Sua palavra, em momentos de necessidade, deve ser entendida como autoridade e a criança deve confiar nisso.
Não puna excessivamente. Punições, segundo especialistas, não são tão eficazes quanto parecem ser. Lembre-se de que uma relação pai-filho ou mãe-filho saudável não deve ser construída nos alicerces da cultura do medo, e sim da compreensão. A criança deve entender a necessidade do respeito e do trabalho em equipe, e não ser coagida a fazê-lo.
Também não bajule em excesso. Da mesma forma que punições excessivas levam à cultura do medo, a bajulação leva ao extremo oposto: a falta de referência de autoridade.
É por isso que os limites são fundamentais. Eles podem levar mais facilmente a um equilíbrio de forças na relação entre pais e filhos. Procure sempre se orientar por evitar os excessos e não desista!