Muito tem se falado sobre o jogo da “baleia azul”. Ele consiste em uma série de 50 desafios que culminam em suicídio (o quinquagésimo desafio). Este jogo vem movimentando as redes sociais há algumas semanas, especialmente por uma série de suicídios na Rússia (país de onde se alega o surgimento do jogo) que foram ligados a ele.
No Brasil, as investigações vem tomando lugar. Segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio, os perfis dos participantes do jogo estão sendo traçados. Em sua maioria, são adolescentes de 12 a 14 anos, que são compelidos a participar por medo de ameaças dos administradores. Em diversos estados do país, suicídios vem sido associados ao “baleia azul” e os curadores do jogo, se identificados, podem ser indiciados por homicídios.
Essa situação vem chamando a atenção de pais para o comportamento de seus filhos. Segundo especialistas, a ansiedade e a depressão podem ser agravantes na decisão de um adolescente de participar do “Baleia Azul”. Ficar atento ao comportamento do jovem é essencial: mudanças bruscas de humor ou atitudes podem indicar sofrimento reprimido. Os pais também devem demonstrar interesse pela rotina do filho ou filha, a fim de entender se o jovem está com problemas.
A relação de confiança entre pais e filhos deve ser primária, para que as crianças tenham em quem confiar para externar seus anseios e angústias, ao invés de buscar refúgio online. A criação de uma conexão forte e segura pode garantir uma base sólida ao jovem, impedindo seu contato com conteúdos digitais como o jogo “Baleia Azul”. Segundo muitos especialistas, o adolescente, muitas vezes, não tem capacidade de discernir sobre todo conteúdo a que é exposto e, por isso, é importante dialogar de forma franca.
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A mecânica do jogo é a seguinte: os “curadores” do jogo enviam à vítima uma lista com 50 desafios, que envolvem tarefas simples, como desenhar uma baleia azul em uma folha de papel ou conversar com outro participante do jogo. No entanto, a lista também inclui tarefas mórbidas, como furar as palmas das mãos ou desenhar uma baleia azul na pele com uma lâmina. Todas essas tarefas levam à final: tirar a própria vida.
Esse conjunto de tarefas passou a ser preocupação prioritária das autoridades em inúmeros países, especialmente porque a origem do jogo não é conhecida, e os curadores dificilmente são identificados. Os primeiros relatos, no entanto, surgiram na Rússia, em fevereiro, quando duas adolescentes de jogaram do alto de um prédio de 14 andares. Yulia Konstantinova e Veronika Volkova, de 15 e 16 anos, respectivamente, foram ligadas à prática do jogo. Yulia, inclusive, compartilhou em suas redes sociais a imagem de uma baleia azul.
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