Site icon SOS Mammy's

Alimentação: o melhor para o seu pequeno. (PARTE 2)

Hoje no SOSMAMMYS continuamos a nossa parceria com a nutricionista Luana Marques com a série de matérias sobre a melhor refeição para o seu filho. O intuito será apresentar o melhor café da manhã, almoço e jantar para o seu pequeno. Iremos dividir por fases da criança para melhor compreensão e melhor entendimento. 

No segundo episódio da série, “Alimentação: o melhor para o seu pequeno”, vamos conversar com a Luana sobre o melhor almoço e jantar para o seu filho, dividido em fases, e com dicas durante a conversa.  

+Alimentação: o melhor para o seu pequeno.

O almoço e o jantar são as refeições mais completas em nutrientes do dia. É, também, o momento da família se reunir em volta da mesa, compartilhar o dia, risadas e aprendizados. Mas é importante os pais se atentarem à qualidade da alimentação que oferecem aos pequenos.  

Atualmente, cresce o número de crianças com sobrepeso e obesidade relacionados aos maus hábitos alimentares. Além disso, observamos números alarmantes de crianças com diabetes tipo 2 e colesterol alto. Se não houver mudanças nos hábitos alimentares, a criança pode ter prejuízos na saúde e perda da qualidade de vida. Pensando nisso, os pais devem garantir desde cedo que a alimentação dos pequenos seja variada e saudável. Os hábitos da infância ditarão os hábitos da adolescência e da vida adulta. Por esse motivo, é importante iniciar uma alimentação saudável desde o começo. Focando no almoço e jantar, abordaremos quais as melhores opções para todas as faixas etárias: 

à 6 meses:  

A mamãe não deve se preocupar em ofertar alimentos pois o leite materno é rico em nutrientes necessários para o bebê. A recomendação é que a alimentação nesse período seja aleitamento materno exclusivo. 

à 12 meses: 

A partir do sexto mês, pode-se introduzir uma papa salgada no almoço e no jantar da criança, sempre respeitando o seu desenvolvimento. De 6 a 7 meses, a consistência deve ser pastosa e os alimentos bem cozidos e peneirados. Por exemplo, arroz papa, purê de batata, caldo de carne, hortaliças cozidas e peneiradas, caldo de feijão. No oitavo mês, a papa pode ter consistência semi-pastosa, com alimentos bem cozidos e amassados. Por exemplo, arroz papa com feijão amassado sem a casca, carne moída, picada ou desfiada, gema de ovo cozida.

Dos 9 aos 12 meses, a consistência da papa já passa a ser quase normal. Por exemplo, arroz bem cozido, feijão amassado sem a casca, pedaços pequenos de batata cozida, carne moída, cozida ou desfiada, hortaliças cozidas ou ensopadas (pequenos pedaços).  

Lembrando sempre que o leite continua sendo importante nessa fase e deve ser ofertado em livre demanda. A alimentação entra como complemento ao aleitamento.  

A partir de 12 meses: 

O almoço e jantar da criança deve se assemelhar ao da família desde que a alimentação da família esteja adequada. É importante, também, ressaltar que os pedaços dos alimentos devem ser pequenos para evitar engasgos e que a família deve estar atenta ao desenvolvimento da criança.  

Para as refeições do almoço e jantar, é importante que o prato tenha uma fonte de cereais/tubérculos (como arroz, mandioca, batata doce, macarrão, batata, mandioquinha, entre outros), uma fonte de leguminosas (como feijões, ervilhas, lentilhas, soja, grão-de-bico, etc), uma fonte de carnes ou ovo (podendo ser carne de boi, peixe, frango etc), uma fonte de legumes e verduras (folhas verdes, cenoura, abóbora, brócolis, espinafre etc) e uma fruta que pode ser ofertada como sobremesa. Os pais devem sempre variar os alimentos e a forma de preparo. 

Se a criança não gostou de cenoura cozida, por exemplo, pode-se tentar em forma de purê ou crua como salada. 

 “Permita que a criança explore os alimentos pois essa é uma fase de descobertas.” 

Para os maiores, os pais podem seguir o mesmo modelo de prato, sempre variando os alimentos entre os grupos descritos. Pode-se trabalhar as cores para deixar o prato mais colorido e atrativo para a criança. 

Deve-se evitar o consumo de embutidos como salsichas e presuntos pela alta presença de sódio e conservantes. Evite açúcar para adoçar pois trabalha melhor o paladar das crianças. As frutas já são doces naturalmente. Evite o consumo de doces e guloseimas antes do almoço e jantar, pois, a criança pode perder o apetite e recusar a comida mais nutritiva. Evite trocar o almoço e janta por lanches, pois são nessas refeições que consumimos mais alimentos que dão energia, vitaminas e minerais. Evite o consumo de refrigerantes pois são repletos de açúcar, corantes e conservantes que não são saudáveis. Prefira sempre os alimentos em sua forma natural.  

O consumo de lanches e guloseimas deve ser esporádico e não fazer parte da rotina da família. A criança deve estar habituada a alimentação saudável e entender que essas refeições livres são exceções. Dentro de uma alimentação saudável, o consumo de guloseimas 1 vez por semana não trará malefícios.  

E lembre-se: as crianças refletem os hábitos dos adultos. Por esse motivo, os pais também devem fazer uma refeição completa no almoço e jantar. Assim, a criança se sentirá estimulada a ter bons hábitos e os pais conseguirão conduzir a alimentação com bastante tranquilidade. 

Luana Marques, nutricionista. 

Contato: Luana.Marques.14@hotmail.com