Antes de falar de “ isso pode e isso não pode”, a questão mais importante é ter um obstetra em quem você confie. Cada um conduz de uma determinada forma o período de gestação. Uns são mais flexíveis, outros mais rígidos. Após esta escolha, tente seguir o que ele diz, assim você não ficará neurótica com tantas opiniões divergentes sobre o assunto. De qualquer maneira, fique atenta para os pontos abaixo para que possa fazer suas escolhas.
Bebida alcóolica: como ainda não há uma conclusão de quanto a ingestão de álcool pode afetar o desenvolvimento do bebê, o Ministério da Saúde aconselha que as gestantes não tomem nada de bebida alcóolica durante todo o período de gravidez. O consumo regular de álcool afeta o bebê dentro do útero, porque ele chega rapidamente ao feto através da corrente sanguínea e da placenta.
E tomar uma taça de vinho ou um copo de cerveja em ocasiões especiais? Alguns médicos liberam o álcool nestes momentos e em doses pequenas. Vários dizem que o bom senso é a melhor medida.
A questão é que ainda não se sabe qual é o consumo seguro de álcool durante a gravidez. Então, se você sente muita falta de consumi-lo, converse com o seu médico. É possível que você consiga se satisfazer com uma cerveja zero álcool, por exemplo, ou ele libere uma quantidade reduzida.
Viajar de avião: se você não tiver nenhuma complicação de saúde, as viagens de avião no primeiro e segundo trimestres de gravidez são permitidas normalmente. Já no último trimestre, desde que não haja nenhuma alteração no quadro médico nem histórico de partos prematuros, também é possível viajar até a 36a semana. Nesta fase, peça um atestado de seu médico antes de partir, porque várias companhias aéreas têm restrições com gestantes de mais de 28 semanas, por haver risco de parto prematuro.
Atividade física: os exercícios físicos moderados durante a gravidez costumam ajudar a gestante a manter os músculos fortes e flexíveis. São bons, também, para relaxar e diminuir os desconfortos durante a gestação. Porém, exagerar em uma atividade física pode afetar o bebê. Mesmo que você esteja acostumada a se exercitar, o cansaço aparece bem mais rápido. Então, preste muita atenção em seu corpo e os sinais associados e deixe o seu obstetra sempre a par de suas rotinas com os exercícios. No caso da corrida, por exemplo, só é aconselhável fazer se você já corria antes da gravidez. Mesmo assim, com orientação médica. Durante a gravidez, o corpo produz hormônios que afrouxam as articulações, ou seja, você fica muito mais suscetível a lesões.
Pintar o cabelo: não existe um estudo no qual se comprove qualquer malefício da tintura para o bebê, ou seja, é possível que seja seguro pintar o cabelo durante a gestação. Porém, são poucos os estudos em cima deste tema. Na dúvida, vale a pena pecar pelo excesso e esperar o máximo possível até voltar a mudar a cor de seu cabelo.
Se for muito penoso deixar os cabelos como estão, espere ao menos passar o primeiro trimestre da gestação, quando há maior formação de tecidos e órgãos do bebê. Prefira usar tonalizantes, hena ou luzes, por serem mais superficiais.
Apesar da gravidez estar longe de ser uma doença, há a necessidade de adaptações e novas medidas. Pequenos sacrifícios valem a pena para que o seu bebê nasça com as melhores condições possíveis e de forma segura.
Fonte: Babycenter Brasil