Douglas Inoue, pai de primeira viagem, conta em detalhes sua jornada junto com a mulher, Renata, a experiência maravilhosa que viveram durante a gravidez.
Mês passado, escrevi no blog e falei das perguntas que nos fazem. Primeiro as namoradas, depois o noivado, o casamento e por aí vai. Se não leu ou não lembra dele, ele está aqui. As perguntas são inevitáveis, às vezes, saem automaticamente, sem tanto critério. Seja para começar uma conversa descompromissada ou para cobrar na cara dura, as perguntas sempre existirão. Nós é que damos o tom de cobrança a elas. Posso ir além e falar que as perguntas que entendemos como cobrança, refletem tão somente aquilo que internamente cobramos de nós mesmos.
Tive uma chefe muito querida e hoje uma grande amiga que diz mais ou menos assim: “Eu já respondi com ações todas as perguntas que me fizeram. Agora reservo-me o direito de fazê-las”. Não sei se quero chegar neste lugar, mas compreendo perfeitamente a posição que ela se encontra. São muitas perguntas e mais que isso, são expectativas que nos colocam e nem sabemos ao certo se é isso que queremos para nós.
Filosofias à parte, ter filhos era algo que sempre passou pela minha cabeça e depois de um tempo, entendi que se tratava de um desejo profundo. Mas e o medo? Um primo da Rê conseguiu verbalizar um sentimento que eu tinha, dizia que tinha medo do mundo que deixaria para os filhos. Tomei o medo dele como se fosse meu e fiquei com ele por diversos dias. Refletindo, sentindo e assimilando como este medo ressoava em mim.
Muitas eram as dúvidas, mas eu tinha uma certeza. O sentimento que me unia a Renata era maior do que qualquer outro, inclusive o medo de que mundo deixaria para meus filhos. Muito maior e a cada dia que passa, descubro uma razão diferente para isso. Na verdade, a razão não consegue alcançar o que sinto por ela, com ela e quando estou junto a ela. E não precisa ter um momento especial. Acontece todos os dias, seja num jantar romântico ou empurrando o carrinho do supermercado no pé dela.
E quando eu menos esperava, a Rê chega com um pacotinho de presente e me entrega. E mil coisas passam por minha cabeça… desde: Putz! Que data esqueci? Que dia é hoje? Mês? Ano? Depois de percorrer o calendário do ano por inteiro, eu percebo que ela não quer ou não esperava nenhum presente. Ela queria mesmo que eu abrisse o pacote. Nele tinha algo parecido com um termômetro e um bilhete que dizia que está para nascer um novo pai – ou que eu já poderia pedir a próxima pergunta.
Em tempo: a minha antiga chefe, casou recentemente a filha dela em um dos locais mais mágicos do planeta e sinto que logo mais assumirá um novo papel nesta roda da vida. E o primo da Rê, meses depois, anunciou que seria pai e hoje cuida para que a Laura possa ser feliz neste mundo doido que vivemos.
A Rê também escreveu sobre a chegada da melhor notícia. Vejam aqui.
Douglas Miguel Inoue, publicitário, pai da Nina (anjinho há 9 meses) e grávido da Isabel e da Lauren.